22 de julho de 2021

Segundo dia do Congresso AvAg teve drones, pesquisas e outros temas em 50 salas

Evento chegou a 4 mil acessos únicos, com apresentação da IN dos Drones, mercado de aeronaves e outros temas, sem falar na movimentação dos 64 estandes; para hoje, estão previstos o resultado do Congresso Científico e a Medalha Flapinho, além dede debates sobre carreiras e uso de biológicos

O segundo dia do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, nesta quarta-feira (21), repetiu a visitação via web do dia anterior, com outros cerca de 2 mil acessos únicos. Desta vez, foram 50 salas virtuais (contra as 47 da terça) de palestras e debates, na plataforma que conta ainda com 64 estandes – todos com mostra virtual, vídeos sobre as empresas e atendimento em tempo real durante o evento. A programação recomeça logo mais e, entre os destaques deste último dia, estão a palestra sobre carreira no setor e o debate sobre o uso de produtos químicos ou biológicos nas lavouras.

O dia terá ainda novas rodadas de negócios, além de apresentações sobre redução de custos de manutenção, financiamento de aeronaves e outros temas. Lembrando que o Congresso AvAg possui três palcos virtuais, além das apresentações nos próprios estandes e das rodadas de discussões na Cafeteria Virtual. A cerimônia de encerramento do Congresso está marcada para as 17 horas, com o anúncio das pesquisas vencedoras do Congresso Científico da Aviação Agrícola, a premiação da Medalha Flapinho – Amiguinho da Aviação Agrícola (com os vídeos enviados pela criançada) e a presença de autoridades do município paulista de Sertãozinho. Neste caso, já fazendo o convite e dando uma prévia da movimentação para a volta do Congresso AvAg presencial, em 2022.

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PESQUISAS

A quarta-feira teve como destaques a apresentação dos oito trabalhos acadêmicos que concorrem a premiação no Congresso Científico (cujo resultado sai nesta quinta), além da apresentação, pelo Ministério da Agricultura, do texto provisório da Instrução Normativa (IN) sobre o uso de drones em lavouras.

O dia também teve palestras sobre financiamento de aeronaves (a cargo da Embraer e da Air Tractor), bate-papo com mulheres pilotos de aviões e drones, rodadas de negócios e uma mesa redonda sobre política e agronegócio, entre outras atrações. Nos estandes, além de conversar com representantes das empresas, mais uma vez os internautas puderam conferir palestras especiais e até participar de sorteios e outras promoções.

ESTUDOS: os oito trabalhos acadêmicos do Congresso Científico foram defendidos por seus autores e terão o resultado anunciado nesta quinta

Para o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, o segundo dia confirmou o sucesso de público do evento. “Tivemos muitas salas virtuais com cerca de 60 pessoas assistindo simultaneamente. Esse é um número muito bom. Mesmo no evento presencial a gente consegue isso apenas nas palestras principais.” Magalhães lembra que, com isso, a tendência é de que mesmo com volta do evento presencial (prevista para 2022), o congresso não será mais o mesmo. “Já se desenhou uma mescla com as mostrar e parte dos debates ocorrendo presencialmente, com algumas palestras virtuais e convidados participando via web dos debates (facilitando principalmente a participação de personalidades internacionais).” 

SEGURANÇA

O primeiro encontro do dia no palco virtual do Sindag foi o debate com o tema A importância da segurança operacional. A apresentação teve a participação dos membros do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos Aeroagrícola (CNPAAA): o secretário executivo do Sindag, Júnior Oliveira, os empresários aeroagrícolas e pilotos Alan Poulsen, Alexandre Endres e Ênio Strapação de Cezere, além da psicóloga e doutora em Ciência da Saúde Caroline Venzon e do consultor Agadir Mossmann. A mesa redonda foi comandada pelo suboficial da reserva Milton Cardoso de Lima, também do CNPAAA e da Seção de Prevenção do Seripa V.

CNPAA-A: debate repassou todos os aspectos para garantir operações de voo seguras

Em seguida, a partir das 10h, foco foi a apresentação das pesquisas acadêmicas abriu a programação, comandada pelo coordenador do Congresso Científico da Aviação Agrícola, Maurício Pasini. Os autores dos trabalhos defenderam seus artigos para os integrantes do Conselho Científico do concurso – que já haviam feito uma primeira avaliação dos trabalhos. Ao todo são oito artigos, abordando temas como avaliação de deriva com bicos eletrostáticos, avaliação de custos operacionais na atividade aeroagrícola, aplicação aérea no controle da ferrugem da soja, deposição de produtos em aplicações com drone e outros temas.

Cada membro do Comitê Científico recebeu uma planilha para avaliar os trabalhos levando em conta critérios acadêmicos, geração de conhecimento científico e viabilidade de aplicação prática imediata do conhecimento gerado. Os avaliadores deram algum feedback para as apresentações, destacando ajustes e pontos fortes de cada uma. Mas o resultado será divulgado somente no encerramento do Congresso AvAg, na tarde desta quinta.

DRONES

Um dos pontos altos da programação da quarta foi no início da tarde, com a palestra Os drones e a aviação agrícola. A chefe da Divisão de Aviação Agrícola (DAA) do Ministério da Agricultura, Uéllen Lisoski Duarte Colatto, apresentou o texto da Instrução Normativa (IN) que regulamenta o uso das chamadas aeronaves remotamente tripuladas (ARTs) no trato de lavouras. A preparação da norma começou em 2018 e, depois do documento passar pela etapa de consulta pública no final de 2020 e ter sido submetida ao crivo da Anac e do Ibama, sua versão final está sob análise da Consultoria Jurídica (Conjur) do Mapa.

NORMATIVA: texto da IN dos Drones está na última etapa para publicação

Sobre o prazo para sua publicação, Uéllen não arrisca prazo. “Gostaríamos de resolver tudo até setembro, mas também já queríamos ter publicada essa IN antes. Por isso, é difícil cravar o prazo”, comentou, durante sua palestra. Sobre o texto, a norma prevê a exigência, em cada operação, de um piloto de drone com curso de aplicador aéreo e de um auxiliar de pista. No caso do piloto, ele precisa ter curso de aplicador aéreo com veículo não tripulado, que seja homologado pelo Mapa.

“O curso é de aplicação aérea, e não de piloto de drones. As regras especificamente para o aparelho são as da Anac”, destacou Uéllen. Além disso, cada empresa prestadora de serviços aéreos com drones também vai ter que contar com engenheiro agrônomo ou florestal como responsável. O operador remoto também vai ter que enviar relatórios operacionais pelo Sipeagro, sinalizar a área de operação da equipe na lavoura, observar distâncias mínimas de pontos ambientalmente sensíveis e outros detalhes.

Para o presidente Thiago Magalhães, a norma apresentada atende as demandas do setor, garantindo segurança para as pessoas sem ser burocrática e travada. “O Ministério nunca esteve tão presente e dinâmico junto ao setor aeroagrícola”, completou.  

POLÍTICA

Já na mesa redonda ao final do dia a quarta-feira teve como tema Política e Agronegócio. Destaque aí para a presença do deputado estadual Ederson (Xuxu) Dal Molin (PSC/MT), do secretário executivo da Secretaria de Agricultura de São Paulo (e presidente da Agrishow), Chiquinho Maturro, do ex-presidente do Sindag e prefeito de Poxoréu/MT, Nelson Paim, além do assessor da presidência da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Luiz Fernando Cavalheiro Pires.

Os convidados conversaram sobre a importância do apoio à pesquisa científica para o fortalecimento da agricultura. A conversa também avançou sobre articulações para vencer o desconhecimento sobre o agro por parte da população urbana. O grupo abordou o uso político desse desconhecimento como campo para doutrinas políticas que são contra a livre iniciativa e o direto de propriedade.

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